Queres que a minha mão deslize
entre o tempo de te beijar
e o tempo que precisas para amar
queres que os meus beijos se cruzem
entre os teus
e o tempo que precisas para estar
queres que os nossos corpos se unam
entre os dias de frio
e o tempo que precisas para os descobrir
queres que as nossas vontades sejam uma
entre as vontades de cada um
e o tempo que precisamos para as unir
sexta-feira, dezembro 04, 2009
terça-feira, novembro 24, 2009
Luz
Acendi a luz na escuridão da noite
estavas ao meu lado sorridente e feliz
fiz deslizar a mão pelas curvas do teu corpo
Convidaste-me a beijar-te
Depois conversamos do tempo em que nos conhecemos
da chuva miúda que juntos percorremos
Dos dias em que medrosa me pedias tempo
dos dias em que ansiava estar contigo
Beijamo-nos como no inicio
desta relação tão plena
e fizemos amor pela noite fora, com a luz
com que sempre o tínhamos feito
Sempre presentes os momentos hesitantes do principio
quando te levei a primeira rosa
Hoje podemos acender a luz
que antes tínhamos medo de ver
Lá fora começam os melros a cantarolar
cheios de alegria e amor
enchendo o quarto de alegria
enchendo os corpos de desejo e carinho
estavas ao meu lado sorridente e feliz
fiz deslizar a mão pelas curvas do teu corpo
Convidaste-me a beijar-te
Depois conversamos do tempo em que nos conhecemos
da chuva miúda que juntos percorremos
Dos dias em que medrosa me pedias tempo
dos dias em que ansiava estar contigo
Beijamo-nos como no inicio
desta relação tão plena
e fizemos amor pela noite fora, com a luz
com que sempre o tínhamos feito
Sempre presentes os momentos hesitantes do principio
quando te levei a primeira rosa
Hoje podemos acender a luz
que antes tínhamos medo de ver
Lá fora começam os melros a cantarolar
cheios de alegria e amor
enchendo o quarto de alegria
enchendo os corpos de desejo e carinho
terça-feira, novembro 17, 2009
Viraste a esquina
Viraste a esquina solta no vento
Olhei-te bem nos olhos e sorriste-me
bebi-te as palavras na chuva que caia
Enterneci com as histórias que ainda tens para contar
Senti-te a força das palavras que esgrimes
as mãos livres soltando frases de carinho
contei-te o que muitas vezes não conto
escutaste e sorriste abertamente
Não quero que desta vez
a raiva do vento te leve
como ás folhas no outono
Olhei-te bem nos olhos e sorriste-me
bebi-te as palavras na chuva que caia
Enterneci com as histórias que ainda tens para contar
Senti-te a força das palavras que esgrimes
as mãos livres soltando frases de carinho
contei-te o que muitas vezes não conto
escutaste e sorriste abertamente
Não quero que desta vez
a raiva do vento te leve
como ás folhas no outono
domingo, outubro 25, 2009
Amanhece
Amanhece e a névoa cobre a Arrábida
sinto-te mexer lentamente
olho lá fora o sol
e beijo-te o corpo adormecido
esboças um gesto ao de leve
desenho no teu corpo o teu nome
com os dedos de desejo
dás um gemido e viras-te para mim
lábios desejosos
sinto-te mexer lentamente
olho lá fora o sol
e beijo-te o corpo adormecido
esboças um gesto ao de leve
desenho no teu corpo o teu nome
com os dedos de desejo
dás um gemido e viras-te para mim
lábios desejosos
domingo, outubro 18, 2009
acordaste
Acordaste a meu lado feita espuma
Percorri o teu corpo com os lábios
sentindo-te a pele a estremecer
eriçada do prazer madrugador
com que te acordo
Deixaste-te beijar com desejo
do meu desejo por cumprir
deixaste-te navegar feita barco
num mar alto de loucura
fui remo nesse mar
entrando bem dentro dessas águas
impelindo o barco em frente
no sentido do prazer por sentir
Acordaste nos meus braços feita espuma
desse mar por onde naveguei
Percorri o teu corpo com os lábios
sentindo-te a pele a estremecer
eriçada do prazer madrugador
com que te acordo
Deixaste-te beijar com desejo
do meu desejo por cumprir
deixaste-te navegar feita barco
num mar alto de loucura
fui remo nesse mar
entrando bem dentro dessas águas
impelindo o barco em frente
no sentido do prazer por sentir
Acordaste nos meus braços feita espuma
desse mar por onde naveguei
quarta-feira, setembro 30, 2009
A Mentira e o medo
A mentira nasce do medo
do desconhecermos se é hoje
que na raiva do vento
por uma noite molhada
nos batem "irosos",
pequenos de meter dó
O medo do adolescente
que mente como fuga
à mão que lhe magoa a cara
o medo da criança
que foge da mão que lhe estala forte
a mentira nasce da fuga
do paris que amo
tão longínquo aos seis anos
e do abandono sentido
o medo que nos paralisa as pernas
das más notas na escola
a MENTIRA
nasce sempre ai
na raiva que o vento nos deixa
nos invade por dentro
e nos marca para sempre
Por isso o carinho que te dou
amor da minha vida, que desconheço
por isso te acaricio o corpo
te beijo toda
para te dar o que me faltou
mas com medo de te perder
A mentira do medo
de que alguma coisa não te agradasse
o medo da mentira que esperavas
E que tão lesto de dava,
o medo de te ver os olhos de ira
miúdo que aprendeu a sova
nas noites de lua cheia
do desconhecermos se é hoje
que na raiva do vento
por uma noite molhada
nos batem "irosos",
pequenos de meter dó
O medo do adolescente
que mente como fuga
à mão que lhe magoa a cara
o medo da criança
que foge da mão que lhe estala forte
a mentira nasce da fuga
do paris que amo
tão longínquo aos seis anos
e do abandono sentido
o medo que nos paralisa as pernas
das más notas na escola
a MENTIRA
nasce sempre ai
na raiva que o vento nos deixa
nos invade por dentro
e nos marca para sempre
Por isso o carinho que te dou
amor da minha vida, que desconheço
por isso te acaricio o corpo
te beijo toda
para te dar o que me faltou
mas com medo de te perder
A mentira do medo
de que alguma coisa não te agradasse
o medo da mentira que esperavas
E que tão lesto de dava,
o medo de te ver os olhos de ira
miúdo que aprendeu a sova
nas noites de lua cheia
quinta-feira, setembro 17, 2009
os beijos e o desejo
Quando se tem a palavra na mão
o vento não a leva tão fácil
quando se recordam as ausências
as traições, as raivas contidas
O vento levanta-se e persegue-nos
Amor, sinto-te a pele arrepiada
pelo beijo que te dei
sinto-te a boca sedenta
o corpo tremendo do desejo
Sinto que me queres e repeles
que te quero ali tão cheia de carinho
Amiga, sinto que me foges
do coração que não queres que se abra
E as palavras que despejamos
pelas ruas perdidamente
E os beijos que trocamos
sem que saibamos tão somente
que o vento os leva para bem longe
o vento não a leva tão fácil
quando se recordam as ausências
as traições, as raivas contidas
O vento levanta-se e persegue-nos
Amor, sinto-te a pele arrepiada
pelo beijo que te dei
sinto-te a boca sedenta
o corpo tremendo do desejo
Sinto que me queres e repeles
que te quero ali tão cheia de carinho
Amiga, sinto que me foges
do coração que não queres que se abra
E as palavras que despejamos
pelas ruas perdidamente
E os beijos que trocamos
sem que saibamos tão somente
que o vento os leva para bem longe
quarta-feira, agosto 12, 2009
Vazio
Se soubesses o quanto sinto
de vazio nestes dias quentes
nem na água fria em que mergulho
nem com o vento do fim da tarde
nem nas noites solitárias
Dizes que não amo
que não me dou por completo
que sou passageiro no tempo
em que a troca de carinhos
nos leva ao leito do amor
vagueio pela cidade perdido
com a alegria de estar vivo tão só
vagueio pelas ruas perdido
tendo na garganta um enorme nó
sinto no corpo o calor,
o suor vai-me esgotando na pele
e aquele copo ali á espera
para esquecer que existes
para esquecer que não estás
para esquecer que não te consigo
e corro para a água
e nado para perder esta raiva
este sentimento que me faz doer
e ouço ao fundo aquela musica suave
que nunca iremos dançar
nem num salão
nem nus ao luar
e sinto o vazio percorrer-me as costas
como quem quer fazer doer
como quem quer fazer-me lembrar
que o amor existe algures por aí
de vazio nestes dias quentes
nem na água fria em que mergulho
nem com o vento do fim da tarde
nem nas noites solitárias
Dizes que não amo
que não me dou por completo
que sou passageiro no tempo
em que a troca de carinhos
nos leva ao leito do amor
vagueio pela cidade perdido
com a alegria de estar vivo tão só
vagueio pelas ruas perdido
tendo na garganta um enorme nó
sinto no corpo o calor,
o suor vai-me esgotando na pele
e aquele copo ali á espera
para esquecer que existes
para esquecer que não estás
para esquecer que não te consigo
e corro para a água
e nado para perder esta raiva
este sentimento que me faz doer
e ouço ao fundo aquela musica suave
que nunca iremos dançar
nem num salão
nem nus ao luar
e sinto o vazio percorrer-me as costas
como quem quer fazer doer
como quem quer fazer-me lembrar
que o amor existe algures por aí
culpa
Este sentimento de culpa
Do que fiz e não fiz
e me persegue
Este vazio de ti
e do amor que não
te entrego
Que não sentes de mim
nem no carinho
com que me entrego em cada dia
Este carinho por dar
e receber de volta
nas curvas das estradas
Nas ondas do mar
na raiva do vento
Do que fiz e não fiz
e me persegue
Este vazio de ti
e do amor que não
te entrego
Que não sentes de mim
nem no carinho
com que me entrego em cada dia
Este carinho por dar
e receber de volta
nas curvas das estradas
Nas ondas do mar
na raiva do vento
quarta-feira, agosto 05, 2009
Hoje
A tristeza invade de novo as ruas desta cidade
Apesar do teu sorriso malandro
Sinto que o sol não aquece as almas
de quem percorre a vida, as ruas sem destino
Junto-me no riso para curar
esta solidão imensa
que me invade desde sempre
No abandono do primeiro paris
Amo quem amo, e não amo
deixo de amar quem me ama, e não ama
vou percorrendo devagar os trilhos do carinho e da confiança
como quem recomeça a ler de novo a alegria
Mas custa a passar este tempo
em que nos invade a vontade
de um carinho, amor ou amizade
de um abraço forte ao fim do dia
O amor vai na corrente deste rio
Tão forte que não lhe chego
como antes nos jogos de praia
a bola teimava em ser arrastada na corrente
E nadávamos velozes na sua perseguição
sentir que temos pé no mar imenso
não ter medo de não lhe ver o fundo
como sempre tive até hoje
confiar nos outros sem amargura
Como é difícil olhar lá fora
sentir que há gente alegre e triste
Sentir que não estamos sós
mas ao mesmo tempo a dor de peito
a dor do almoço a sós
bebendo no esquecimento da vida
Apesar do teu sorriso malandro
Sinto que o sol não aquece as almas
de quem percorre a vida, as ruas sem destino
Junto-me no riso para curar
esta solidão imensa
que me invade desde sempre
No abandono do primeiro paris
Amo quem amo, e não amo
deixo de amar quem me ama, e não ama
vou percorrendo devagar os trilhos do carinho e da confiança
como quem recomeça a ler de novo a alegria
Mas custa a passar este tempo
em que nos invade a vontade
de um carinho, amor ou amizade
de um abraço forte ao fim do dia
O amor vai na corrente deste rio
Tão forte que não lhe chego
como antes nos jogos de praia
a bola teimava em ser arrastada na corrente
E nadávamos velozes na sua perseguição
sentir que temos pé no mar imenso
não ter medo de não lhe ver o fundo
como sempre tive até hoje
confiar nos outros sem amargura
Como é difícil olhar lá fora
sentir que há gente alegre e triste
Sentir que não estamos sós
mas ao mesmo tempo a dor de peito
a dor do almoço a sós
bebendo no esquecimento da vida
quarta-feira, julho 29, 2009
A palavra
A palavra segue veloz
na ponta deste teclado, desta língua
com o vento de feição
com a companhia do sol
Ela vai veloz e contundente
dizer o quanto de amo pelas cearas
fazendo crescer as papoilas
dobrando de prazer os chaparros
fazendo assobiar os canaviais
A palavra soprada no ouvido
amante discreta da noite
em que gemendo baixo
vamos sussurrando que é belo
este amor que nos une
Esta paixão que consome
quem tão distante parece
na ponta deste teclado, desta língua
com o vento de feição
com a companhia do sol
Ela vai veloz e contundente
dizer o quanto de amo pelas cearas
fazendo crescer as papoilas
dobrando de prazer os chaparros
fazendo assobiar os canaviais
A palavra soprada no ouvido
amante discreta da noite
em que gemendo baixo
vamos sussurrando que é belo
este amor que nos une
Esta paixão que consome
quem tão distante parece
Amar de cabelos ao vento
Nas amarras do silencio
Amar sem saber do tempo
pelas dunas da memória
Amar quem e porquê ?
se no fundo o medo transparece
Funde-se com as ondas que nos invadem o corpo
quando deitados na areia
dormimos sem dar pela maré
Ai estas esquinas da amargura
que nos devolvem
à tona desta água revolta
Deste mar tão imenso
Nas amarras do silencio
Amar sem saber do tempo
pelas dunas da memória
Amar quem e porquê ?
se no fundo o medo transparece
Funde-se com as ondas que nos invadem o corpo
quando deitados na areia
dormimos sem dar pela maré
Ai estas esquinas da amargura
que nos devolvem
à tona desta água revolta
Deste mar tão imenso
sexta-feira, junho 26, 2009
aqui ao lado
Que raiva a de te sentir aqui ao lado e não te chegar
que sentimento tão intenso de ter o teu cheiro entre os que se expandem na primavera
que alegria quando te vejo ao longe fugindo do inevitável
Tão longe de te saber tão perto
Tão inocentemente dobrando as esquinas da cidade
quando me faltava dobrar esta mesmo
No entanto não estás livre na tua prisão
pássaro que canta na minha janela
na prisão a que te impusseste
que sentimento tão intenso de ter o teu cheiro entre os que se expandem na primavera
que alegria quando te vejo ao longe fugindo do inevitável
Tão longe de te saber tão perto
Tão inocentemente dobrando as esquinas da cidade
quando me faltava dobrar esta mesmo
No entanto não estás livre na tua prisão
pássaro que canta na minha janela
na prisão a que te impusseste
sábado, maio 16, 2009
A raiva
a raiva que todos os dias solto
nas palavras que o vento leva
Nas palavras que escrevo
quando só
a raiva do vento quando nos colhe
entre duas ruas do destino
entre as esquinas que dobramos
entre as pedras da calçada percorrida
a raiva de não dizer não
quando o não é o que sinto
para
quando o que sinto é que pares
a raiva de não poder mudar o mundo
neste frenesim de loucura
a raiva de não haver uma palavra doce
quando sentimos que amamos
quando sentimos que desejamos
a raiva de a ter por palavras, por gestos
quando a vida nos trouxe já situações infames
( hoje está sombrio , o sol não quer aparecer
se calhar o vento na sua raiva está a fazer das suas )
nas palavras que o vento leva
Nas palavras que escrevo
quando só
a raiva do vento quando nos colhe
entre duas ruas do destino
entre as esquinas que dobramos
entre as pedras da calçada percorrida
a raiva de não dizer não
quando o não é o que sinto
para
quando o que sinto é que pares
a raiva de não poder mudar o mundo
neste frenesim de loucura
a raiva de não haver uma palavra doce
quando sentimos que amamos
quando sentimos que desejamos
a raiva de a ter por palavras, por gestos
quando a vida nos trouxe já situações infames
( hoje está sombrio , o sol não quer aparecer
se calhar o vento na sua raiva está a fazer das suas )
sábado, abril 25, 2009
Porquê ?
Amar-te com os olhos fechados
é amar-te cegamente
Amar-te olhando para ti de frente
seria uma loucura...
Eu gostaria que me amassem com loucura
Com a respectiva vénia a
Marguerite Yourcenar
é amar-te cegamente
Amar-te olhando para ti de frente
seria uma loucura...
Eu gostaria que me amassem com loucura
Com a respectiva vénia a
Marguerite Yourcenar
domingo, abril 12, 2009
Sê feliz
Chegaste de mansinho
na tarde solarenga
gritaste ao mar
que eras um monstro
tocaste-me aqui
na fonte do desejo
a pele arrepiada
o sorriso aberto
Chegaste de longe
vieste pelo vento
Toquei-te na mão
não estremeceste
no abraço estavas quente
no olhar que desviaste
no calor que transmitiste
chegaste de tarde
trouxeste alegria
o riso franco, sereno
mesmo que por dentro
a amargura estalasse
dizes que nunca mais
terás a pele de galinha
o olhar brilhante
que nunca mais
passearás na praia de mão dada
Olha bem o mar numa noite de tormenta
Olha bem o rio quando desce revolto
Olha bem as crianças a gritarem de revolta
Depois vem falar-me da amargura
despeja-a toda por aí
e ri
( vamos rir sem sentido )
e olha nos olhos quem tenhas que olhar
e sê feliz.
na tarde solarenga
gritaste ao mar
que eras um monstro
tocaste-me aqui
na fonte do desejo
a pele arrepiada
o sorriso aberto
Chegaste de longe
vieste pelo vento
Toquei-te na mão
não estremeceste
no abraço estavas quente
no olhar que desviaste
no calor que transmitiste
chegaste de tarde
trouxeste alegria
o riso franco, sereno
mesmo que por dentro
a amargura estalasse
dizes que nunca mais
terás a pele de galinha
o olhar brilhante
que nunca mais
passearás na praia de mão dada
Olha bem o mar numa noite de tormenta
Olha bem o rio quando desce revolto
Olha bem as crianças a gritarem de revolta
Depois vem falar-me da amargura
despeja-a toda por aí
e ri
( vamos rir sem sentido )
e olha nos olhos quem tenhas que olhar
e sê feliz.
segunda-feira, março 30, 2009
estrada fora de novo
Vou pela estrada e olho em frente
Onde o destino será o mesmo
Com o GPS por amigo
A musica no ouvido
O olhar atento ao azul do céu
buscando o infinito no olhar
ofusca-me este sol intenso
tacteio ao lado o teu corpo
sinto no ar a tensão
que se solta em cada palmo
Da boca saem as palavras
que não queres ouvir
soltas ao vento feroz
que esfria os dedos
que nos esfria de gelo
Onde o destino será o mesmo
Com o GPS por amigo
A musica no ouvido
O olhar atento ao azul do céu
buscando o infinito no olhar
ofusca-me este sol intenso
tacteio ao lado o teu corpo
sinto no ar a tensão
que se solta em cada palmo
Da boca saem as palavras
que não queres ouvir
soltas ao vento feroz
que esfria os dedos
que nos esfria de gelo
quinta-feira, março 12, 2009
Acordo
Acordo nos teus braços feito criança
fazes gestos lentos abraçando giestas
beijo-te o corpo num frenesim de primavera
beijas-me a boca lentamente
como quem quer saborear-me
Digo-te sussurrando que te gosto
em cada gesto que me ofereces
Lá fora as andorinhas já buscam os ninhos
os melros já cantam ao nascer do sol
O calor já invade a varanda
onde os nossos corpos aparecem abraçados
digo-te baixinho que te quero
e acordo com o teu corpo ausente
fazes gestos lentos abraçando giestas
beijo-te o corpo num frenesim de primavera
beijas-me a boca lentamente
como quem quer saborear-me
Digo-te sussurrando que te gosto
em cada gesto que me ofereces
Lá fora as andorinhas já buscam os ninhos
os melros já cantam ao nascer do sol
O calor já invade a varanda
onde os nossos corpos aparecem abraçados
digo-te baixinho que te quero
e acordo com o teu corpo ausente
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
O SOL
Este sol que me entra, muito de manso pela janela
Num fim de tarde ameno em que ao longe o castelo brilha
esta nostalgia do blues, john mayall por exemplo
este blusie da Melua
ao fundo o brilho do sol
na mente as palavras que não soltei
Hoje cruelmente não há vento
nem brisa sequer
que me roube o que digo
que me impeça de o dizer alto e para longe
Hoje este sol faz-me lembrar o da Sapec
antes dos meus pais chegarem do trabalho
que se reflectia em tons prata no rio
que se reflectia em tons esverdeados no eucaliptal
Sempre quis partilhar contigo estes momentos
mas as esquinas sobram na minha frente sem te encontrar
o champagne gela sem que o possamos beber
mais logo junto a uma qualquer praia
mais logo quando o sol se puser no rio
No oceano
quando a noite cair e me fizer adormecer nos teus braços
Num fim de tarde ameno em que ao longe o castelo brilha
esta nostalgia do blues, john mayall por exemplo
este blusie da Melua
ao fundo o brilho do sol
na mente as palavras que não soltei
Hoje cruelmente não há vento
nem brisa sequer
que me roube o que digo
que me impeça de o dizer alto e para longe
Hoje este sol faz-me lembrar o da Sapec
antes dos meus pais chegarem do trabalho
que se reflectia em tons prata no rio
que se reflectia em tons esverdeados no eucaliptal
Sempre quis partilhar contigo estes momentos
mas as esquinas sobram na minha frente sem te encontrar
o champagne gela sem que o possamos beber
mais logo junto a uma qualquer praia
mais logo quando o sol se puser no rio
No oceano
quando a noite cair e me fizer adormecer nos teus braços
domingo, fevereiro 22, 2009
falar pelos dedos
Deixa-me dizer-te por escrito o que sinto
as palavras em mim não me saem da boca
tenho-as na ponta dos dedos
e solto-as pela caneta do momento
Deixa os teus olhos soltarem o que sinto
nas palavras que escrevo com prazer
que a raiva que o vento não as come
quando as não digo pelas esquinas
Olha-me nos olhos, mas não me ouças
que não consigo dizer que te amo
amor, escrevo nesta folha
enquanto o sol brilhar de felicidade
as palavras em mim não me saem da boca
tenho-as na ponta dos dedos
e solto-as pela caneta do momento
Deixa os teus olhos soltarem o que sinto
nas palavras que escrevo com prazer
que a raiva que o vento não as come
quando as não digo pelas esquinas
Olha-me nos olhos, mas não me ouças
que não consigo dizer que te amo
amor, escrevo nesta folha
enquanto o sol brilhar de felicidade
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