Que raiva a de te sentir aqui ao lado e não te chegar
que sentimento tão intenso de ter o teu cheiro entre os que se expandem na primavera
que alegria quando te vejo ao longe fugindo do inevitável
Tão longe de te saber tão perto
Tão inocentemente dobrando as esquinas da cidade
quando me faltava dobrar esta mesmo
No entanto não estás livre na tua prisão
pássaro que canta na minha janela
na prisão a que te impusseste