segunda-feira, fevereiro 23, 2009

O SOL

Este sol que me entra, muito de manso pela janela
Num fim de tarde ameno em que ao longe o castelo brilha
esta nostalgia do blues, john mayall por exemplo
este blusie da Melua
ao fundo o brilho do sol
na mente as palavras que não soltei

Hoje cruelmente não há vento
nem brisa sequer
que me roube o que digo
que me impeça de o dizer alto e para longe

Hoje este sol faz-me lembrar o da Sapec
antes dos meus pais chegarem do trabalho
que se reflectia em tons prata no rio
que se reflectia em tons esverdeados no eucaliptal

Sempre quis partilhar contigo estes momentos
mas as esquinas sobram na minha frente sem te encontrar
o champagne gela sem que o possamos beber
mais logo junto a uma qualquer praia
mais logo quando o sol se puser no rio
No oceano
quando a noite cair e me fizer adormecer nos teus braços

domingo, fevereiro 22, 2009

falar pelos dedos

Deixa-me dizer-te por escrito o que sinto
as palavras em mim não me saem da boca
tenho-as na ponta dos dedos
e solto-as pela caneta do momento

Deixa os teus olhos soltarem o que sinto
nas palavras que escrevo com prazer
que a raiva que o vento não as come
quando as não digo pelas esquinas

Olha-me nos olhos, mas não me ouças
que não consigo dizer que te amo
amor, escrevo nesta folha
enquanto o sol brilhar de felicidade

sábado, fevereiro 07, 2009

A forte vontade de te ver
de estar contigo
de percorrer com os dedos
o teu corpo quente

O dia a dia imbecil
absorvendo as noticias da crise
sem te enviar o beijo
que guardo com amor

Esta humidade que nos envolve
os corpos sem piedade

Deixa-me entrar suave
no paraiso do teu olhar