sábado, julho 09, 2011

Chove em Paris


A chuva caia miúda nas calçadas
Percorria os boulevards enchendo-me da história que por ali se sentia
sem ligar ao cabelo longo e encaracolado que ia escorrendo
Nos ouvidos a música de brell
Na boca o sabor do café sem gosto
noutros dias percorria o longo do sena na sollex
minha companheira do dia a dia
Vendo a teimosia do rio a correr para norte
Os velhos alfarrabistas nas suas bancas de encantar

E os croque-monsieur e as demi na brasserie s. michel
E as noites em casas de empréstimo
e no albergue do canal onde chegava a tempo da entrada e preferia o cheiro dos meus sovacos ao que emanava das velhas putas e dos clochards