Se soubesses o quanto sinto
de vazio nestes dias quentes
nem na água fria em que mergulho
nem com o vento do fim da tarde
nem nas noites solitárias
Dizes que não amo
que não me dou por completo
que sou passageiro no tempo
em que a troca de carinhos
nos leva ao leito do amor
vagueio pela cidade perdido
com a alegria de estar vivo tão só
vagueio pelas ruas perdido
tendo na garganta um enorme nó
sinto no corpo o calor,
o suor vai-me esgotando na pele
e aquele copo ali á espera
para esquecer que existes
para esquecer que não estás
para esquecer que não te consigo
e corro para a água
e nado para perder esta raiva
este sentimento que me faz doer
e ouço ao fundo aquela musica suave
que nunca iremos dançar
nem num salão
nem nus ao luar
e sinto o vazio percorrer-me as costas
como quem quer fazer doer
como quem quer fazer-me lembrar
que o amor existe algures por aí
quarta-feira, agosto 12, 2009
culpa
Este sentimento de culpa
Do que fiz e não fiz
e me persegue
Este vazio de ti
e do amor que não
te entrego
Que não sentes de mim
nem no carinho
com que me entrego em cada dia
Este carinho por dar
e receber de volta
nas curvas das estradas
Nas ondas do mar
na raiva do vento
Do que fiz e não fiz
e me persegue
Este vazio de ti
e do amor que não
te entrego
Que não sentes de mim
nem no carinho
com que me entrego em cada dia
Este carinho por dar
e receber de volta
nas curvas das estradas
Nas ondas do mar
na raiva do vento
quarta-feira, agosto 05, 2009
Hoje
A tristeza invade de novo as ruas desta cidade
Apesar do teu sorriso malandro
Sinto que o sol não aquece as almas
de quem percorre a vida, as ruas sem destino
Junto-me no riso para curar
esta solidão imensa
que me invade desde sempre
No abandono do primeiro paris
Amo quem amo, e não amo
deixo de amar quem me ama, e não ama
vou percorrendo devagar os trilhos do carinho e da confiança
como quem recomeça a ler de novo a alegria
Mas custa a passar este tempo
em que nos invade a vontade
de um carinho, amor ou amizade
de um abraço forte ao fim do dia
O amor vai na corrente deste rio
Tão forte que não lhe chego
como antes nos jogos de praia
a bola teimava em ser arrastada na corrente
E nadávamos velozes na sua perseguição
sentir que temos pé no mar imenso
não ter medo de não lhe ver o fundo
como sempre tive até hoje
confiar nos outros sem amargura
Como é difícil olhar lá fora
sentir que há gente alegre e triste
Sentir que não estamos sós
mas ao mesmo tempo a dor de peito
a dor do almoço a sós
bebendo no esquecimento da vida
Apesar do teu sorriso malandro
Sinto que o sol não aquece as almas
de quem percorre a vida, as ruas sem destino
Junto-me no riso para curar
esta solidão imensa
que me invade desde sempre
No abandono do primeiro paris
Amo quem amo, e não amo
deixo de amar quem me ama, e não ama
vou percorrendo devagar os trilhos do carinho e da confiança
como quem recomeça a ler de novo a alegria
Mas custa a passar este tempo
em que nos invade a vontade
de um carinho, amor ou amizade
de um abraço forte ao fim do dia
O amor vai na corrente deste rio
Tão forte que não lhe chego
como antes nos jogos de praia
a bola teimava em ser arrastada na corrente
E nadávamos velozes na sua perseguição
sentir que temos pé no mar imenso
não ter medo de não lhe ver o fundo
como sempre tive até hoje
confiar nos outros sem amargura
Como é difícil olhar lá fora
sentir que há gente alegre e triste
Sentir que não estamos sós
mas ao mesmo tempo a dor de peito
a dor do almoço a sós
bebendo no esquecimento da vida
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