Procuro na sombra o sinal do vento
Percorro as ruas sempre e sempre
Sempre no teu encalço
Por vezes encontro-te nos sítios onde não vou
quem sabe porque eu e tu somos o desencontro
Teimo sempre em olhar para o azul do rio
acreditando que é lá que vais surgir
Sonho contigo a meu lado
percorro o teu corpo de desejos
amamo-nos desenfreadamente
no areal da praia deserta
Descansas o teu rosto no meu colo
Afago-te o cabelo desenvolto
Beijas-me com sofreguidão
Procuro-te de noite a meu lado
apenas um travesseiro deserto
domingo, setembro 14, 2014
sábado, julho 12, 2014
OLhos
As esquinas
sucedem se nesta cidade
e as ruas vão todas desaguar
na enorme praça de
gente .
surges num repente, olhos penetrantes
voz de menina suave e terna
vens encher me os dias de perfume
as flores vergam se ao pronunciar o teu nome
a cor do céu enche-se de azul
onde as andorinhas se recortam em preto
donde vieste que não te procurei
com esse teu ar tímido e hesitante ?
para
que vieste com esses olhos
que me enternecem a noite ?
Há dias
Há dias assim, o sol desponta no horizonte
os melros cantam no jardim
vejo-te recortada na luz da janela
acaricio-te os cabelos e estremeces
falo-te
dos anos sem cabelo para acariciar
dos tempos sem melros lá fora
da ternura
do teu olhar
dos dias que faltam no passado da nossa amizade
falas-me te ti
com pudor
mas sempre com esse olhar terno
de quem descobre quem sou
falo-te do que pode ser o futuro
que dizes recear
falo do derrubar de muros
pedes-me ternura e compreensão
tempo, como o inverno não da lugar ao verão
beijo-te os cabelos e seguimos lado a lado
continuando a conversa que temos
em atraso desde a infância
terça-feira, junho 10, 2014
Acordo
Acordo com os melros madrugada
o sol irrompendo pela vidraça
olho ao lado em teu lugar
o lençol está machucado das minhas voltas
Abro a janela e deixo entrar
o ar que um dia também respiraste
Sinto aquela velha vontade de te abraçar
de beijar os teus seios ainda meio adormecidos
Passo pelos canais da televisão
como se fosses aparecer num deles
como percorria as ruas
que num dobrar de esquina
não me devolviam a tua face
Ainda tenho o champanhe no gelo
para o beijo prometido
ainda tenho o sabor da tua pele
nas minhas mãos
o teu cheiro por toda a casa
o sol irrompendo pela vidraça
olho ao lado em teu lugar
o lençol está machucado das minhas voltas
Abro a janela e deixo entrar
o ar que um dia também respiraste
Sinto aquela velha vontade de te abraçar
de beijar os teus seios ainda meio adormecidos
Passo pelos canais da televisão
como se fosses aparecer num deles
como percorria as ruas
que num dobrar de esquina
não me devolviam a tua face
Ainda tenho o champanhe no gelo
para o beijo prometido
ainda tenho o sabor da tua pele
nas minhas mãos
o teu cheiro por toda a casa
terça-feira, fevereiro 04, 2014
Teu a um domingo, sempre
Reapareces das margens deste rio
que te deu a cor aos olhos
reacendes a chama nos nossos corpos
Faço-te estremecer
sinto os teus seios nas minhas mãos
a tua boca procura a minha sedentas
Entregas-te ao nosso desejo
faço-te sentir os dedos em toda a pele eriçada
Pedes-me verdade e honestidade
dou-te o meu amor sem barreiras
ao teu comprometido e cheio de ternura
Percorremos as margens do rio
Mãos entrelaçadas e beijos prontos
combinamos o amanhã como se fosse já hoje
Voltaste do rio com a sua cor nos olhos
Disseste do teu amor
Beijei-te
A felicidade irradia de dois corpos nus estendidos na areia
que te deu a cor aos olhos
reacendes a chama nos nossos corpos
Faço-te estremecer
sinto os teus seios nas minhas mãos
a tua boca procura a minha sedentas
Entregas-te ao nosso desejo
faço-te sentir os dedos em toda a pele eriçada
Pedes-me verdade e honestidade
dou-te o meu amor sem barreiras
ao teu comprometido e cheio de ternura
Percorremos as margens do rio
Mãos entrelaçadas e beijos prontos
combinamos o amanhã como se fosse já hoje
Voltaste do rio com a sua cor nos olhos
Disseste do teu amor
Beijei-te
A felicidade irradia de dois corpos nus estendidos na areia
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