domingo, junho 13, 2010

Albarquel


Sente se o calor deste sol
Que se espelha no rio feito azul
O jazz harmoniza-se com a monotonia de mais um domingo
Do outro lado a Tróia de cimento
Impondo se a um verde que teima em ficar
Começam a surgir as pessoas para o passeio e a praia
Ao longe a sapec da minha infância.
faltam as gaivotas
Onde estão com os seus voos e gritos
Para acompanharem este som de blues tocado em saxofone

terça-feira, junho 01, 2010

Sinto

Sinto-me elevar sem fim
neste ar empestado de mentira
sinto a agonia e o amargo
de quem está sem saber que está
O aperto na garganta pelo que não fez
O nó no estômago pelo que não é
O frio que gela as mãos
da ansiedade em que me deixas

Sinto quando o mar
na sua sétima onda nos engole
quando as gaivotas gritam a fome
do peixe que sobra na traineira

Sabes quando acordas e não consegues voltar a dormir ?
e a tua cabeça é um chorrilho de ideias, umas tontas,
outras de sonho num futuro cheio de sol,
outras ainda cheias de amargura e solidão

Sinto que respiro mais profundamente
em cada minuto que passa
em cada dia que passa
em cada tempo que se escoa
rapidamente no contar dos segundos
E que não estou só, entre amigos novos e velhos