Chegaste de mansinho
na tarde solarenga
gritaste ao mar
que eras um monstro
tocaste-me aqui
na fonte do desejo
a pele arrepiada
o sorriso aberto
Chegaste de longe
vieste pelo vento
Toquei-te na mão
não estremeceste
no abraço estavas quente
no olhar que desviaste
no calor que transmitiste
chegaste de tarde
trouxeste alegria
o riso franco, sereno
mesmo que por dentro
a amargura estalasse
dizes que nunca mais
terás a pele de galinha
o olhar brilhante
que nunca mais
passearás na praia de mão dada
Olha bem o mar numa noite de tormenta
Olha bem o rio quando desce revolto
Olha bem as crianças a gritarem de revolta
Depois vem falar-me da amargura
despeja-a toda por aí
e ri
( vamos rir sem sentido )
e olha nos olhos quem tenhas que olhar
e sê feliz.
1 comentário:
Eu vou tentar!
[ oh pá eu sou tão bem mandada! ]
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