quinta-feira, setembro 17, 2009

os beijos e o desejo

Quando se tem a palavra na mão
o vento não a leva tão fácil
quando se recordam as ausências
as traições, as raivas contidas
O vento levanta-se e persegue-nos

Amor, sinto-te a pele arrepiada
pelo beijo que te dei
sinto-te a boca sedenta
o corpo tremendo do desejo

Sinto que me queres e repeles
que te quero ali tão cheia de carinho
Amiga, sinto que me foges
do coração que não queres que se abra

E as palavras que despejamos
pelas ruas perdidamente
E os beijos que trocamos
sem que saibamos tão somente
que o vento os leva para bem longe

2 comentários:

Anónimo disse...

Fernando

Acho que ela passou tanto tempo tentando em ser forte que quase esqueceu que “ser fraca” não era defeito…
Quem sabe se os desejos que hoje são teus e também dela, amanhã não serão vossos!!!...
A questão é que não há uma regra que os livrem das desventuras…
Quer saber mais, dê tempo ao tempo, vivam sem compromissos até que a coisa certa que não fizeram planos aconteça !

E a propósito, gostaria de ser um bruxo para saber o nome da musa dessa tua história.

Anónimo disse...

Gosto da forma despretenciosa como aparecem os poemas.
Abrir o coração ou a alma é o mais difícil e requer tempo para ter confiança a quem se vai abrir-é preciso merecer(de parte a parte).