quinta-feira, outubro 30, 2008

Um jogo

Porque é que quando pensamos que estamos bem, vem uma ventania terrível e nos coloca no ponto de partida ?
A sua raiva leva-nos o que escrevemos na areia das praias
os nomes, as formas, os princípios
Olhamos o que pensámos ser um caminho que escolhemos e verificamos que afinal o caminho está cheio de falhas e curvas
A vida fica como um jogo onde saimos de uma casa e temos que chegar á casa final o mais ilesos possivel
E se temos alguma consciencia sem magoar os outros jogadores que vão caindo nas nossas casas
Mas é muito dificil que nestes encontrões e nestes vendavais não hajam encontrões e feridas que a pouco e pouco vão sendo lambidas e curadas ( semi )
O que vale é que ainda há portos de refugio onde podemos beber um copo e ouvir uma musica de que gostamos, um sitio para beber um chá, ler um livro e ver o mar
O que vale é que ainda há pessoas honestas para compensar a desonestidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Desapareceu o sol...
Apareceu a careta do Outono com um sol menos brilhante, com vento, mas os dias conservam um pouco da sua tibieza. A natureza está menos parada, uma brisa quase agressiva vai mudando a forma das nuvens... Esta noite não teve estrelas, o rio Tejo velho e os barquitos velhos repousavam (in) tranquilos. Apenas eu, cinzenta...E você no longo caminho do vento, do campo, rio, estrelas, luxúria...!
E aqui, há existências atormentadas que, de tanto em tanto, precisam pecar...E o vento, de repente, como o barco que dobra as velas, parou...O cérebro sente as raras recordações que se perdem...Preciosas, guardadas pela memória. Vou descansar, repousar da fadiga da viagem de mentiras ao longo destas estações...Hibernar neste Outono que se arrasta solitário...E recordar que, para tudo o que existe há uma época, a das flores, das frutas, dos campos semeados, das marés, das luas e do amor...
Tempo para falar e para nada dizer..