quarta-feira, novembro 28, 2007

Ternura de um olhar

Sentir nos teus olhos a ternura
Com que enfrentas todos os dias o sol
Sentir no teu beijo a tremura
de sentimentos esfriados
Querer dizer-te o que te quero
Tocar-te ao de leve e aquecer-te
Ter a tua cabeça no meu ombro
beijar-te os olhos ao de leve
Vem inteira e sem temor
diz que me amas e me queres
Abraça-me nos teus braços
aperta-me no teu seio
Beija-me com a tua boca
e sente o meu desejo subir

1 comentário:

Anónimo disse...

A Ternura Intacta...
Ainda não conquistei a letargia das emoções a que se chama desinteresse.
Quase tudo me interessa...E interessa o que de mais orgânico existe em mim.
Como uma velha canção que se me enterrasse na carne...
(Se bem que prefiro enterrar algo sem ser canções...!)
Como um arado fere-me a substância, revolve todos estes torrões de memória da minha solidão.
Porque afinal os outros, magoados ou não por mim, solidários uma vez das minhas misérias, siameses comigo nos compassos de uma canção de amor, quando vão levam consigo o que eu deixei, e o que eu trago é sempre nada...
A minha vida deveria ser um abraço permanente, um beijo perpétuo... Mas...
Saudades...Da sua voz, dos seus olhos, do seu sorriso...
Como me vai fazer mal provar (ou não) tudo isso...!
A insuportável sede que me deixa o fel adocicado das perfídias do amor...
O que são o seu não e o seu sim? Nada de importante...Os minutos progredindo nas brenhas masculinas do acessório...
Mas sempre nada na última hora em que contemplamos a vida com os olhos da pré-morte, sempre nada quando cai o pano que nos esconde as perguntas e a consciência se esclarece nas profundidades da consciência...A resposta...
A recusa do que foi é sempre nada...
Quando cai o pano e me acorda a solidão triunfante...E me transporta de novo para fora do palco onde durante algumas horas vivi outra vida, ainda a minha vida...
Fica a ternura de o amar...!
De ser um mundo que eu tinha quando o pano caíu...
Sinto nostalgia até dos tempos que foram num tempo em que eu ainda não era... :)