segunda-feira, julho 09, 2007

O calor

Sinto-me de repente livre
Como a andorinha que refez o ninho desfeito
como os meus gatos que teimosamente depõem um rato á minha porta
Volta e meia o calor aquece o ar que respiro
Aquece o ar que respiramos
Mas elevo-me nele e abro os braços
À felicidade que me escapa

Sinto-me de repente como se tivesse algemas
apertando os pulsos de vermelho

Sinto-me de repente
e grito na noite escura á lua
que teimosamente não sai da frente da minha janela

5 comentários:

Anónimo disse...

A modos que fiquei confusa.

Afinal o cavalheiro sente-se livre ou com algemas? Como a andorinha ou como os gatos? (ratos? ai qu'i nojo!)

É mandar a lua estacionar noutra porta! Teimosa a gaja!

Anónimo disse...

Pode a lua acolher gritos nos silêncios das noites caladas? Pode!
Não há melhor confidente que a lua sonhadora e serena…

A felicidade vai e vem, como as las suaves dos gatos teimosos e
No nosso ninho pode encontrar-se de forma sublime a paz.

Livre e novo o calor chegará e a janela manter-se-á aberta aos teus braços estendidos.

Na verdade há sempre a esperança de um dia de sol em que renascerá a alegria.

E, teimosamente, sentir algo é bem melhor que nada sentir? Será!

Na noite encontram-se mais respostas que perguntas…
Respira-se vida e sonho e ilusão e encanto!

Mares e maresias em luares de verão? Sempre!
No grito da noite escura quem chamarás?
A mim…a mim… a mim….

Anónimo disse...

A mim, a mim! Sempre!

Dr Bayard? É que andas assim um bocado para o afónico!

Anónimo disse...

Livra! Há luas chatas pra carambas! E teimosas! A gente bem as sacode mas as gajas nada!

Raid luas&luas, insecticida eficaz! Contra luas, chatos e melgas!

Anónimo disse...

Noites de verão! Evocações tardias, lugares dispersos e fados vadios.

Aí, um calor que se solta, uma brisa da floresta e uma janela que se abre. ( E o sentir tem outro sentido.)

Ali, em vez de algemas, um lenço que amarra os pulsos e as cores são as que um homem e uma mulher quiserem. (Mas vermelho, gosto, é quente em noites plenas de memórias.)

Aqui, a felicidade estará sempre onde houver lua e sol. (Desencontrados, é certo, mas achando-se ao virar do dia.)

Até já!