domingo, julho 21, 2013

Um dia as esquinas têm de acabar

As noites começam a ser longas
para que no dia seguinte te beije
As mãos começam a ser poucas
para te percorrer o corpo

As palavras saem normalmente
das nossas bocas ávidas
O  toque suave dos dedos
que inventamos todos os dias

Preencho o meu tempo nos teus olhos
preencho os dias na tua voz
Adormeço nos teus braços desconhecidos
no meu colo afago o teu cabelo

Adivinho em ti a ultima esquina
o ultimo sopro do vento na sua raiva
A ternura da voz que me segreda
A viagem pela via do carinho



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