Olhamos em volta e o deserto conseguiu implantar-se bem nas nossas vidas
que esquinas novas há a dobrar ? se o peso das antigas nos fazem andar dobrados
Bem pode o vento soprar forte na sua raiva
Bem podes dizer que estás ai
Mas qual lua errante nunca te encontro
quando estamos á mesma hora o sitio não é o mesmo
quando estamos no mesmo sitio, nunca o é á mesma hora
O mar sabe ao sal do teu corpo e no entanto nunca o provo
O vento espalha o teu perfume
A tua imagem esvai-se nas calçadas percorridas
acendo a lareira do meu quarto e fico á tua espera
ouço o frio lá fora e sinto-me bem
Sei que vais vir
Envio-te sinais de fumo da minha chaminé
nada recebo de volta
mas espero que neste frio de gelar me tragas o teu calor de carinhos
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