domingo, outubro 15, 2006

A solidão desta enorme casa abate-se
sobre os ombros de quem ama
Nem desculpas nem perdões de demovem
Amor que nasceste num dia de Abril ?
Chove ?
Lá fora ou cá dentro
Tanto faz, mas sabe a sal
Onde vou sem o teu amor ?

2 comentários:

Shaktí disse...

(...) que outra não vejo nunca ou por ver clamo,
nem nome de outra em meus suspiros chamo.
(...)Sabes canção, que quando te digo é nada
ante oculto amoroso pensamento
que dia e noite em mim sempre transporto;
por cujo só conforto
em tão comprida guerra inda aguento;
que bem me houvera morto
tão longe estar meu coração chorando;
mas disso vou a morte retardando.

"As Rimas de Petrarca"

Anónimo disse...

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

"O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía."

Camões também o sabia! :)
O caminho é apenas o que cada um escolhe...