O tempo era de gaivotas
que soltavam os seus ais ao rio
Era o tempo doa amores
Que se foram perdendo
Tempo das lutas
e das conquistas
que se foram esvaindo
O tempo era das ruas percorridas
envolto nos ares de Abril
O tempo dos beijos furtivos
das noites vigilantes
Tempo em que o rio
Nos transmitia outro azul
E riamos confiantes
A raiva do vento era a nossa
O amor era o nosso
E íamos em frente
Mão na mão
As esquinas já estão gastas
Os amores já não os há
A tristeza cai sobre o rio
Mas as gaivotas continuam
Confiantes
Na próxima traineira