terça-feira, setembro 11, 2018

A noite caia sobre a cidade
Espreitei lá fora as nuvens que iam escurecendo
Vieste como prometido
entrámos ambos no rio
que de azul se pintou naquele vermelho de por de sol
Vieste com promessas de dias cheios de nós
Cheios dos carinhos que entretanto se foram perdendo pelos caminhos
as mãos, as nossas atraiam-se num novelo
As nossas bocas bebiam os dias que desconheciam.
Os nossos corpos, quentes deste sentimento que neles cresciam
Iam debitando canções de amor.
Nessa noite dormi tranquilo, sentindo-te vibrante a meu lado.
Amo-te

segunda-feira, julho 17, 2017

Olho lá fora a calmia
na lembrança os anos em que os nossos corpos se conheceram
Os dias a custarem a passar na melancolia dos domingos
Sinto a pele arrepiada dos caminhos percorridos contigo
Sinto ainda a nostalgia de estar aqui
A tristeza de quando a cama era o refugio
Sinto no corpo o peso das manhãs passadas em sexo e amor
Falta-me o teu olhar de gozo e as tuas mãos de meiguice
Tento reaprender os teus olhares e gestos
Devolvendo-te o meu amor


quinta-feira, abril 28, 2016

Por e para ti

Um dia chorei por ti !
Desvanecias-te por entre a bruma
Desaparecias nestas esquinas que eu teimava em dobrar

Um dia o mar tinha uma estranha cor purpura !
O caminho da tua casa era longo e cheio de curvas
os teus beijos ainda os guardava para recordar

Ainda chegamos a falar!
Tu distante e sem o sorriso que sempre te conheci
Eu sempre a socorrer-me do mar para te ver
espelhada nele como das vezes

Agora dizes que me amas
Que te perdeste num caminho sem sentido
que o meu amor o sentes na brisa
que queres recuperar o tempo

E vieste confiante
entregamo-nos confiantes
E as esquinas desapareceram
O teu corpo ainda se arrepia no percurso das minhas mãos
a tua boca suga sôfrega a sofreguidão da minha
"Amo-te de uma forma incondicional"
Escrevi na areia da praia bem distante da água
não se vá apagar.

domingo, setembro 14, 2014

Procuro

Procuro na sombra o sinal do vento
Percorro as ruas sempre e sempre
Sempre no teu encalço

Por vezes encontro-te nos sítios onde não vou
quem sabe porque eu e tu somos o desencontro
Teimo sempre em olhar para o azul do rio
acreditando que é lá que vais surgir

Sonho contigo a meu lado
percorro o teu corpo de desejos
amamo-nos desenfreadamente
no areal da praia deserta
Descansas o teu rosto no meu colo
Afago-te o cabelo desenvolto
Beijas-me com sofreguidão

Procuro-te de noite a meu lado
apenas um travesseiro deserto